sábado, 26 de agosto de 2023

Banho frio: “Tom na Fazenda” em João Pessoa. Sobre silenciamento, identidade e artes da cena

Na semana passada, resolvi comprar ingressos para a peça “Tom na fazenda” (Instagram: @tomnafazenda), de Michel Marc Bouchard e direção de Rodrigo Portela. No elenco, Armando Babaioff, Soraya Ravenle, Gustavo Rodrigues e Camila Nhary. As apresentações marcadas para os dias 25 de agosto e 26 de agosto, sempre às 20h, no Theatro Santa Roza, em João Pessoa-PB, tinham ingressos à venda no aplicativo Sympla.

No aplicativo, tive problemas para finalizar a compra no cartão de crédito.  Tentei comprar dois ingressos de meia-entrada na plateia: um para mim, como professor, e outro para minha mãe, maior de 60 anos. O sistema avisa que a quantidade reservada de assentos para meia-entrada já havia sido esgotada. Entretanto, as quatro últimas filas da plateia do teatro ainda estavam desocupadas. Tento cancelar a compra dos ingressos. Clico em “cancelar”, mas nada acontece - presumo algum problema no aplicativo. Repito todo o processo, desta vez, comprando dois lugares nas frisas. Novamente, o processo não é finalizado; a compra permanecia no status de “pagamento em processamento”. Como eu não queria perder o espetáculo e a oportunidade de comprar lugar de melhor visibilidade, e já tendo supostamente cancelado a compra anterior, tento por Pix, selecionando outros dois lugares nas frisas. Imediatamente, a compra é confirmada.

Por que estou narrando isso? Acredito que é importante frisar que a experiência de um espetáculo precede a sua apresentação. Lei de Murphy: o que pode dar errado, dará. Um dia antes do espetáculo, acesso o aplicativo Sympla e constam quatro ingressos. Ou seja, os primeiros ingressos comprados no cartão de crédito não foram cancelados. Resolvo, ainda com bom humor, presentear duas amigas.

Chegamos ontem às 19h30 minutos ao teatro. Para minha surpresa e alegria, encontro, como há muito tempo não via, o foyer e a calçada do Theatro Santa Roza cheios de gente. Entre mais gente desconhecida e "fora do meio" das artes cênicas, encontro também amigues/as/os, conhecidos, alunes/as/os, artistas. Pensamento: é interessante como ter no elenco um ator que trabalhou na Rede Globo atrai o público. E isso não é uma realidade apenas da capital da Paraíba... É uma “crença” nacional: o público tem o costume de acreditar na qualidade de um espetáculo pela presença de um ator que atuou em novela. As produções cênicas têm consciência dessa “crença”: a maioria das montagens de teatro musical no eixo Rio-São Paulo têm, ao menos, um protagonista “global”. Talvez se pense que atuar em televisão seja um passaporte ou carimbo de qualidade:  sabe-se que não é verdade. Esse é o caso que se testemunha em “Tom na fazenda”. Felizmente, o tal “global” é bom ator, embora meio equivocado. Explico mais adiante.

Filas se organizam para acesso à plateia e as frisas do primeiro e segundo andar. Minhas amigas foram para a frisa da direita, os seus lugares eram D6 e D4 e eu sigo com minha mãe para a esquerda para acessar os lugares E3 e E7. Lembro de ter comprado lugares nas frisas que ficavam na frente dos camarotes, de acordo com a escolha de assentos no ato da compra no aplicativo Sympla. Esperando indicação para localização dos assentos, uma conhecida funcionária do teatro diz que não tem como informar onde deveríamos nos sentar, uma vez que ela não tinha acesso ao mapa de lugares. Fiquei desapontado ao perceber que muitas pessoas não estavam sentadas nos seus devidos lugares, pois não sabiam quais eram: as cadeiras e os camarotes não tinham marcação.

Apesar disso, conheço o teatro e tenho boa memória. Questiono as duas moças que estão nos lugares que eu comprei se elas tinham certeza se aqueles lugares eram delas. Elas respondem, juntamente com as pessoas do camarote ao lado, que as cadeiras não têm marcação e que, por esta razão, sentaram-se nos assentos aleatoriamente. Fiquei visivelmente irritado, pois noto que as pessoas estão incomodadas com a situação, mas, apesar disso, não manifestaram qualquer intenção de reclamar com a produção. Vejo a plateia com muitos espaços vazios. E digo para as pessoas nas frisas: se não há lugares marcados, sentar-me-ei na plateia. Sigo diretamente para o responsável pela produção e explico o problema. Ao perceber minha irritação e sem querer discutir a questão, ele silenciosamente me entrega dois ingressos da plateia e me deseja um bom espetáculo. Penso: está tudo errado e eles sabem disso. Quem são “eles” a quem me refiro? Todos nós: público, produção do espetáculo e a equipe técnica do teatro. Os ingressos de poltronas da plateia, supostamente compram o meu silêncio. Estratégia de silenciamento: há um problema, vamos abafá-lo. Isso é muito “a cara” do Brasil.

Sento-me na poltrona da plateia - desta vez, com a devida numeração. Comento com as pessoas ao lado sobre a situação dos lugares da frisa. Para a minha indignação, a moça ao lado me diz que, quando eu comprasse o ingresso pelo Sympla, deveria ter feito um print da tela com o mapa de assentos. Ou seja: acessar o lugar correto, mesmo que ele não tivesse uma sinalização era, nas palavras da moça, uma responsabilidade minha. Sorrio. E discordo, explicando que a conferência e indicação dos lugares dos assentos era uma função da produção do espetáculo e responsabilidade do teatro. E lamento, com um suspiro, que a experiência de um espetáculo tão esperado por mim, já estava sendo desagradável, de partida.

O espetáculo inicia. Atuações, direção, cenografia – de Aurora dos Campos, luz – de Tomás Riba, e direção musical – de Marcello H., se destacam pelo cuidado e pela coerência técnico-estética nas escolhas que se conjugam em um todo harmonioso. Destaque nº1: excelente coreografia de Toni Rodrigues: profissional exemplar! Você arrasou muito, amigo. Destaque nº 2: as intérpretes de libras, expressivas, deram um show à parte no proscênio e, por vezes, chamavam mais atenção do que a cena. Lindas.

Espetáculo termina. O elenco agradece. Armando Babaioff, protagonista do espetáculo, toma a palavra. Nascido em Recife em 1981, o ator começou os estudos em teatro aos onze anos de idade, residindo na cidade do Rio de Janeiro. Ele agradece ao público presente. Agradece a empresa vivo pelo patrocínio. Elogia a sala de espetáculo do Theatro Santa Roza que, em suas palavras, é uma das mais bonitas salas de espetáculo do Brasil. Ainda, comenta que, por esta razão, deveríamos nos orgulhar daquele teatro. Eu, interpelado pela minha identidade de sujeito paraibano, pessoense e artista, tendo inclusive dançado naquele palco muitas vezes, grito: “nos orgulhamos!!!”. O ator assente com a cabeça, tendo ouvido a resposta. O ator acionou a estratégia de interpelação dos sentimentos identitários do público presente, enaltecendo a beleza daquele espaço que é símbolo da/na cidade e da sua história. Tendo feito um elogio, logo em seguida, ele comenta, em tom de reclamação, que apesar disso, teria de tomar banho em um chuveiro sem água quente. Completa a reclamação, dizendo que é uma tarefa do público escrever sobre isso, falar sobre isso e exigir a mudança, uma vez que aquele espaço era público e que o poder público é responsável pela sua manutenção e isso deve ser cobrado pelo público. Agradece novamente. Aplausos, novamente. Black out. Fim.

Fico profundamente mexido com o comentário do ator. No calor do momento, e ainda muito tocado, uma vez que me reconheço como um sujeito LGBTQIAPNb+ e a peça é sensível sobre a questão gay, homofóbica e sobre o “armário”, não tinha me dado conta ainda de que a experiência do espetáculo não se encerrava ali. Saindo da plateia, caminho com a minha mãe em direção ao carro. Encontro com alguns alunos meus dos cursos de bacharelado em teatro, licenciatura em teatro e licenciatura em dança do Departamento de Artes Cênicas da UFPB. Com um deles, comento a questão da falta de organização sobre os lugares das frisas do teatro e como isso afeta a experiência. Uma aluna comentou o aborrecimento com a situação, tendo assistido o espetáculo em um dos camarotes das frisas, fora do lugar que comprou. Pergunto o porquê de ela não ter procurado alguém da produção, do mesmo modo que eu fiz, para reclamar da situação. E ela explica que percebeu que todos estavam na mesma situação e que não conhecia ninguém da produção para que ela pudesse fazer a reclamação (?). Penso: e precisa conhecer alguém, gente?

Lamento, novamente. Calado, penso sobre a cultura do silenciamento que paira sobre nós. Sobre a infelicidade de sermos cidadãos tão oprimidos como nordestinos que não sabemos nos posicionar diante de um desrespeito. Nesse sentido, percebo que minha sensação de estranhamento com o discurso de Babaioff no palco do antigo Theatro Santa Roza, monumento centenário e ainda vivo para/na cidade e continuamente recebendo produções cênicas de todos os lugares do Brasil, tinha certo fundamento.

Vamos lá: recordar é viver. O ator aparentemente exortou a identidade local, elogiando, à princípio, aquela casa de espetáculo. Logo em seguida, aponta um “problema” na estrutura do Theatro: a falta de um chuveiro com água quente. No discurso, o ator ainda diz que é responsabilidade daquele público questionar o governo e cobrar dele sobre uma devida manutenção daquele espaço. Seu discurso não esconde seu sentimento de indignação e de se sentir desrespeitado. Percebo agora como esse discurso, em certa medida xenofóbico é, inclusive, indicador de uma visão bem estereotipada do Sudeste sobre o Nordeste e o nordestino: de uma passividade política, indolência, falta de cuidado com sua identidade e com seus símbolos culturais.

Em outras palavras, está explicitado no discurso ideológico de Babaioff que o público paraibano e pessoense precisa “despertar” sobre sua responsabilidade política e cultural como cidadão. O ator esquece, em seu discurso verticalizado - e pouco contextualizado (para não dizer mal educado, mesmo... Ih, pronto, já disse) – a relevância cultural da Paraíba no país. Vendo o paraibano de cima para baixo – na verdade, de baixo para cima, ou seja, do Sudeste para o Nordeste, ou, talvez também, de Recife (cidade natal do ator) para João Pessoa – ele se espanta com a beleza da nossa sala de espetáculos, como se fosse algo inusitado (?!?) na Paraíba.

Ainda, esquece que somos um povo engajado politicamente. Nem deve ter passado por sua percepção de que os cidadãos paraibanos, especialmente os artistas que frequentam aquele teatro, estão cientes de que o “Santa Roza” é uma casa de espetáculos centenária e que, por esta razão, há reparos mais urgentes na casa do que a instalação de um chuveiro elétrico. Então... Já há alguns anos, os artistas da cena paraibanos e pessoenses estão tomando banho frio, Sr. Ator Global. Concordo em um aspecto: há de se melhorar, sempre. Mas, entenda: o mundo não é sobre seu banho frio. De novo e, ainda talvez, seu discurso fosse mais bem recebido se você reivindicasse, simplesmente, respeito à classe de artística. Justo. Sempre. Mas escolheu ir em outra direção – e soou estranho, preconceituoso e repleto de ar senhorial e magistral: parecia estar “ensinando” ao público paraibano e pessoense que esteve presente, na casa lotada, sobre cidadania ao cobrar dos políticos por um chuveiro elétrico e sobre identidade cultural, ao mencionar que o público precisava “se orgulhar” daquele espaço. Meu querido, o Santa Roza sempre foi motivo de orgulho. Sabemos o nome dele e o que ele carrega de herança cultural, ao contrário de você que sequer mencionou o nome do teatro - e também não agradeceu aos funcionários que compõem a equipe técnica daquela casa. Outro fator que você talvez desconheça é que o teatro passará por uma reforma e que essa, sim, deve ser uma prioridade: manter a sua estrutura “de pé”. É, também, sobre prioridades.

É sobre silenciamento: quis retrucar, mas resolvi acalmar meus ânimos para não entrar em conflito. E noto que fiz mal: estou, agora, 1h30min da madrugada do sábado, dia 26 de agosto, escrevendo esse desabafo. Mexeu com minha identidade. E deveria ter mexido profundamente com todos ali que, de maneira impressionante, aplaudiram Babaioff, aparentemente concordando com a necessidade do chuveiro com água quente. E mais: acredito que seja até possível que se instale até o final do dia o tal chuveiro com água quente, para que o ator global possa tomar seu banho. Afinal, o discurso de um ator global e sua reclamação sobre um banho frio tem mais impacto junto ao poder público pela sua visibilidade do que o discurso de um artista pessoense e paraibano que já está acostumado a tomar banho frio - quando não falta água, obviamente. Curiosamente, vale ressaltar que estive em temporada carioca com o “Mágico de Oz” durante quase um ano no Teatro João Caetano – um dos maiores daquela cidade. Não era sempre que os chuveiros funcionavam. E não era sempre que os ralos estavam desentupidos. O mesmo acontecia no Teatro Oi Casagrande, onde estive também em temporada com “Um violinista no telhado”, inclusive, com Soraya Ravenle no elenco como protagonista ao lado de José Meyer (lembra dele? O Valdemort da televisão brasileira: "aquele que não se pode dizer o nome"). Aliás, Soraya é sempre ótima e está maravilhosa como a mãe da personagem Tom - e ainda dá uma “canja”, cantando um pouco numa das cenas do espetáculo. Apesar disso, o excelente talento para o canto da atriz passa quase despercebido em “Tom na fazenda”.

Vale lembrar que é, logo mais tarde, a segunda apresentação do espetáculo na colônia parahybana, explorada, inclusive, pelos péssimos serviços da Vivo que se juntam aos também péssimos serviços da Tim e da Claro – sem esquecer do péssimo serviço do Sympla. Cuidado quando for comprar seus ingressos – escolha bem seus assentos e tire print screen do mapa (risos, muitos). E chegue com antecedência ao teatro: você pode ter a infeliz surpresa de não sentar no assento que você comprou nas frisas. Mas, se isso acontecer, faça como eu: procure alguém da produção do espetáculo – o Flávio (ops, falei o nome) – e peça para ele resolver o assunto. Provavelmente, você será silenciado(a) com um ingresso de plateia.

É sobre respeito: dando se recebe? Não nessa ordem - e não necessariamente. Vamos lá, de novo... Resumo. Desrespeito foi o que o público paraibano recebeu na experiência do espetáculo “Tom na fazenda” na cidade de João Pessoa, desde a venda de ingressos ao discurso de agradecimento pós-espetáculo. Elogios, também: o Theatro Santa Roza foi "reconhecido" (whathafuck?!?) por Babaioff, representando todo o elenco de “Tom na fazenda”, como um dos teatros mais bonitos do Brasil – como se nós, paraibanos, não soubéssemos... E o mesmo elenco/ator exalta que deveríamos nos orgulhar do teatro e que, implicitamente, o chuveiro sem água quente é sintoma de uma “falta de orgulho” do paraibano com essa casa de espetáculos e, consequentemente, com a sua identidade cultural, que reflete um descuidado com o patrimônio.

Lições coloniais. E que o público apre(e)nde bem. Infelizmente, nenhum espectador das frisas reclamou de estar fora do lugar que comprou. Sentou-se onde se sentou, num lugar melhor ou pior do que o que comprou. E se calou. E assistiu. E ouviu reclamação e lição de “cidadania”. E, mesmo assim, aplaudiu. E, provavelmente, só pensa em retornar ao teatro para ver uma peça que tenha outro ator global, sem nem saber que isso só poderá acontecer após a reforma do teatro, que, inclusive, pode não conter chuveiro com água quente no projeto, simplesmente, porque isso pode não ser tão importante. Afinal, o que é um chuveiro de água quente perto de uma reforma estrutural. Somos uma capital de clima quente, apesar de ventilada. E de praias de águas mornas. E, como artistas, estaremos “de boa” com banhos frios em chuveiros de ralos entupidos em teatros cariocas, afinal, lá nós somos corpos forasteiros: se o carioca toma banho frio nas águas congelantes da praia de Ipanema, por que o banho frio em um chuveiro em João Pessoa incomoda tanto?  Explico: é sobre identidade, que rima, aqui, com colonialismo. Herança da corte, mesmo... E olha que o moço nem é carioca “de verdade”, mas absorveu bem o discurso do rei: autoritário, pouco relativista e/ou problematizador. Autoritário? Sim. Falar o que quer, virar as costas e sair, configura exercício de poder. Por isso, em muitas práticas pedagógicas em artes cênicas, exercitamos a "roda de conversa". Mas isso é outro assunto.

“Tom na fazenda” está em cartaz há três anos e é uma peça vencedora de prêmios nacionais e internacionais. Passou em temporada por muitas cidades. É muito importante que tenha sido apresentado em palco paraibano. Mas é estranho que tenha acontecido problema como a questão dos assentos/ingressos: é muito básico para uma produção experiente. Ainda, é estranho a reclamação do chuveiro. É discurso muito pequeno diante de um país tão diverso e desigual. E em uma Paraíba de gente pobre e que nunca poderá assistir “Tom na fazenda”, afinal, o ingresso mais barato custava 60 reais (mais precisamente 63 reais e 25 centavos, incluindo a taxa do aplicativo). Sem falar que é um Estado com cidades que carecem de água, não importando a sua temperatura.

É sobre as artes da cena e aspectos éticos e pedagógicos: a necessidade de se estudar e entender o contexto antes de qualquer crítica; não hierarquizar cultura; dar-se o respeito em todas as fases do trabalho como artista da cena, seja qual for a sua função na ficha técnica, da pré-produção à pós-produção; respeitar o público – ele é a razão de existir um profissional das artes cênicas; exigir respeito, com devido conhecimento do contexto, para não pensar que um possível traço cultural – ou prioridades mais urgentes e mais importantes que você (e que um banho quente, numa cidade situada quase na linha do Equador) - sejam compreendidas como desrespeito.

Era uma vez um teatro que vendia ingresso com assento fixo e não entregava o serviço que vendia... E um chuveiro sem água quente nos camarins. Tudo pode ser entendido como desrespeito. Mas é mais sobre identidade e silenciamento: uns falam, outros calam. Spivak é quem faz a pergunta que não quer calar: pode um subalterno falar? 

Antes que eu esqueça: quem sou? Falo do lugar de pessoense, paraibano, nascido em 1975. Passei 28 anos como morador do Rio de Janeiro, tendo saído de João Pessoa aos 18 anos e regressado, definitivamente, em 2016. Trabalhei como artista da dança em produções no eixo Rio-São Paulo, tendo, a exemplo de Babaioff, feito graduação no Rio, no meu caso, em Dança. Sou especialista e mestre em Dança e doutor em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e professor do magistério superior. Sinto-me paraibano, apesar de ter passado maior parte da minha vida no Rio. Entendo bem as diferenças e similaridades culturais entre o Rio e João Pessoa, porque tive a experiência. Minha vida é, basicamente, um estudo de caso sobre isso ou uma "pesquisa-ação" de cunho etnográfico (risos, muitos). Exercício de re-existência e de sobre-vivência: viado, paraibano e bailarino. Há quem pense, nesse momento, em parafrasear o humorista Paulo Gustavo: "ah, tadinhaaa! Que barra". Nada: é "de boas".

É sobre isso: banho frio, principalmente, como metáfora. E viva o teatro - e o Theatro.


Arthur Marques

Instagram: @artmaralnet

26 de agosto de 2023.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário! Te respondo assim que puder.

Thanks for your add! I´ll send you an answer as soon as possible.